quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
ÍNDIOS MAXACALI
Localização: No Estado de Minas Gerais há 20 aldeias com uma população aproximadamente de 1.100 índios Maxakali. A MNTB atua em 4 aldeias: São elas: Aldeia de Gilmar, Aldeia de Noemia, Aldeia de Maria Diva e Aldeia de Pinheiro - Posto Água Boa. Estão no Município de Bertópolis e Santa Helena de Minas.
Língua, análise lingüística e traduções: Maxakali é a língua usada por esta tribo, que é da família Maxakali, do tronco Macro-Jê. O português também é usado, mas bem limitado. Todo trabalho lingüístico, inclusive a tradução do Novo Testamento, tem sido feita pelos missionários Harold Popovich e sua esposa Francis, ambos da SIL (Sociedade Internacional de Lingüística).
População: A população nas 20 aldeias é de 1.100 índios.
Histórico de contato com os demais brasileiros: “As primeiras notícias referentes a um subgrupo Maxakalí datam do século XVI, referidos como Amixokori pelos Tupi do litoral. Até o século XIX muitos grupos foram aldeados pelos capitães-mores nas povoações litorâneas. A partir do fim do século XVIII, com a interiorização do processo de conquista e, mais particularmente, após a política oficial ter estabelecido como prioridade a conquista da zona entre o litoral e a da mineração, em Minas Gerais, os vários grupos indígenas dessa região foram pressionados pelo avanço da sociedade dominante. Devido aos constantes conflitos entre índios e moradores nacionais, em 1920 o governo de Minas Gerais cedeu à União 2.000 hectares de terras sob seu domínio, para a instalação de Postos Indígenas no rio Umburanas, visando resolver a questão dos chamados "índios bravios" dos rios Doce, São Mateus e Mucuri. Após várias epidemias e muita insatisfação, os Maxakalí optaram por retornar ao Umburanas e por reunir-se ao grupo que se recusara a abandonar o local, apesar de não receberem qualquer tipo de assistência ou proteção por parte do SPI. Só vinte anos depois, em 1940, foi demarcada a área do Posto Indígena de Água Boa, deixando ao desamparo aldeias localizadas na área hoje conhecida por Posto Indígena Pradinho. A insatisfação dos índios e os conflitos com os fazendeiros fizeram com que se reiniciassem, em 1951, as negociações entre o SPI e o governo mineiro para a criação e demarcação do PI Pradinho. A decisão final só foi tomada em 1956 quando do assassinato do líder indígena Antônio Cascorado. Porém, a demarcação criou um fato inusitado: os dois Postos ficaram isolados por um corredor de fazendas, inviabilizando o contacto e os deslocamentos dos índios entre as duas áreas e agravando os conflitos com os fazendeiros”.
Histórico de contato com a MNTB: Em 1975 a MNTB foi informada da existência da tribo Maxakali e da possibilidade de trabalhar com eles. Durante muitos anos um casal da SIL (Sociedade Internacional de Lingüística) trabalhou com essa tribo, realizando todo o trabalho lingüístico que atualmente está sendo usado pelos missionários da MNTB. Os dois casais da MNTB chegaram a Batinga em março de 1992.
Missionários que atuam na área:
Adair Zilene Gomes
Ronaldo e Kátia Lima.
Área Religiosa:
Alguns se dizem crentes, mas não há número exato. Os missionários desenvolvem também um trabalho junto a congregação da Igreja Batista de Itanhém, na Vila de Batinga onde residem (7).
Alvos:
1. Conquistar a confiança dos índios,
2. Aprender a língua e a cultura,
3. Começar o ensino cronológico da Palavra de Deus o quanto antes,
4. Produção das lições cronológicas.
Fonte de Informação:
Relatório para AMTB/MNTB/2002
Banco de Dados da AMTB/MNTB-2002
Informação Básica/MNTB/2001
Paraiso, Maria Hilda Baqueiro, Instituto socioambiental, fevereiro de 1999
ESTAREMOS PESQUISANDO SOBRE ESTA TRIBO, É PROXIMA A NÓS.
ESCOLHA UMA TRIBO INDÍGENA E ORE POR ELA
TESTEMUNHO DA INDIAZINHA "HAKANI"
Hakani nasceu em 1995, filha de uma índia suruwaha. Seu nome significa sorriso e seu rosto estava sempre iluminado por um sorriso radiante e contagioso. Nos primeiros dois anos de sua vida ela não se desenvolveu como as outras crianças – não aprendeu a andar nem a falar. Seu povo percebeu e começou a pressionar seus pais para matá-la. Seus pais, incapazes de sacrificá-la, preferiram se suicidar, deixando Hakani e seus 4 irmãos órfãos.
A responsabilidade de sacrificar Hakani agora era de seu irmão mais velho. Ele levou-a até a capoeira ao redor da maloca e a enterrou, ainda viva, numa cova rasa. O choro abafado de Hakani podia ser ouvido enquanto ela estava sufocada debaixo da terra.
Em muitos casos, o choro sufocado da criança continua por horas até cair finalmente um profundo silêcio – o silêncio da morte. Mas para Hakani, esse profundo silêncio nunca chegou. Alguém ouviu seu choro, arrancou-a do túmulo, e colocou nas mãos de seu avô, que por sua vez levou-a para sua rede. Mas, como membro mais velho da família, ele sabia muito bem o que a tradição esperava dele.
O avô de Hakani tomou seu arco e flecha e apontou para ela. A flechada errou o coração, mas perfurou seu ombro. Logo em seguida, tomado por culpa e remorso, ele atentou contra a própria vida, ingerindo uma porção do venenoso timbó. Para Hakani, ainda não era a hora de cair o profundo silêncio; mais uma vez ela sobreviveu.
Hakani, tinha apenas dois anos e meio de idade e passou a viver como se fosse uma amaldiçoada. Por três anos ela sobreviveu bebendo água de chuva, cascas de árvore, folhas, insetos, a ocasionalmente algum resto de comida que seu irmão conseguia para ela. Além do abandono, ela era física e emocionalmente agredida. Com o passar do tempo Hakani foi perdendo seu sorrido radiante e toda sua expressão facial. Mesmo assim o profundo silêncio não caiu sobre ela. Finalmente foi resgatada por um de seus irmãos, que a levou até a casa de um casal de missionários que por mais de 20 anos trabalhava com povo suruwahá.
Esse casal logo percebeu que Hakani estava terrivelmente desnutrida e muito doente. Com cinco anos de idade ela pesava 7 quilos e media apenas 69 centímetros. Eles começaram a cuidar de Hakani como se ela fosse sua própria filha. Eles cuidaram dela por um tempo na floresta, mas sabiam que sem tratamento médico ela morreria. Para salvar sua vida, eles pediram ao governo permissão para levá-la para a cidade.
Em apenas seis meses recebendo amor, cuidados e tratamento médico, Hakani começou a andar e falar. Aquele sorriso radiante voltou a iluminar seu rosto. Em um ano seu peso e sua altura simplesmente dobraram. Hoje Hakani tem 12 anos, adora dançar e desenhar. Sua voz, antes abafada e quase silenciada, hoje canta bem alto – pela vida.
EVANGELIZAÇÂO NAS TRIBOS INDÌGENAS
Estatística do Avanço do Evangelho entre os Povos Tribais
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Foram divulgadas pelo IBGE
As estatísticas populacionais dos municípios brasileiros em 2008, com a estimativa de 189.612.814 brasileiros morando em nossa pátria. Destes mais de 180 milhões, 700 mil são indígenas, distribuídos em 345 etnias e representando 0,37% da população brasileira. Apenas 165 etnias têm presença evangélica, e mais da metade, 180 etnias, continua sem a existência de uma igreja, sem a presença de missionários, evangelistas ou crentes. Precisamos de 540 missionários ou mais, para completar a evangelização de todas as etnias no Brasil.
O desafio da Igreja hoje, portanto, encontra-se espalhado por matas, rochas, montanhas, desertos, ilhas e planícies remotas e grandes centros urbanos em países resistentes.
O cântico profético de Simeão continua clamando por uma oportunidade para os povos sem Cristo. Para que as nações sejam alcançadas pela salvação de Deus em Cristo, a igreja, sua testemunha fiel, tem sobre seus ombros a responsabilidade da grande comissão. Não temos o direito de reter para nós a mensagem que foi dada a todos os povos. Precisamos anunciar o evangelho aos confins da terra.
Compilado por Jadir Siqueira
Fontes: Ethnos – cultura dos povos
Dados da NTM – Jill Goring
Instituto Antropos
*Texto extraído da revista CONFINS DA TERRA, Ano 42, número 136 (Jan – Mar 2009), publicada pela Missão Novas Tribos do Brasil.
CURIOSIDADES
Curiosidades Culturais da comunidade Maku-nâdêb
A comunidade Maku-nâdêb tem seu sistema social regido pela descendência feminina − sistema matriarcal. Em termos sexuais, as crianças brincam entre si normalmente sem o menor constrangimento. Quando as meninas têm a primeira menstruação, elas passam a não brincarem mais com os outras e são ensinadas pelas mães e tias a serem boas donas de casa. Quando os rapazes observam essa mudança de comportamento por parte de uma determinada menina-moça, os interessados em tê-la como esposa começam o processo de agradar a mãe da menina. Eles plantam uma roça e dão para a mãe da moça como presente. Toda pesca e toda caça ele leva para a mãe da moça. Esse processo leva mais ou menos três meses, e durante esse tempo aquele que se destacar pelo seu porte físico − pois para o povo maku quanto mais gordo mais bonito é e tem mais poder espiritual − e aquele que a mãe da menina considerar que será o melhor provedor para ela, esse será o escolhido como futuro genro.O rapaz escolhido leva suas coisas para a casa da mãe da moça e as duas famílias levam o futuro casal para a mata. Após a primeira noite com eles na mata, onde ficam o tempo todo aconselhando os dois a como se comportarem como casal, as famílias voltam para a aldeia. O casal só retorna uma semana depois. O casamento é efetivado se a menina comer da caça ou pesca que o rapaz trouxer para a mãe dela, que é quem prepara e serve o casal.A manutenção do casamento é feita pela “sogra”, mãe da moça, pois o rapaz passa a ser seu sustentador e mantenedor vitalício. Se algum dia ela sentir-se desamparada pelo genro, ela leva todas as coisas dele para a casa dos pais dele e o casamento é desfeito. Isso é uma desonra para o rapaz, e como ele não quer que isso aconteça, então tudo o que a sogra deseja ela faz. Caso a sogra faleça, a sua irmã mais velha ou prima assume o seu lugar. Isso não é uma opção, e sim uma obrigação.
Cuidados de uma índia grávida
Dieta: peixes pequenos, aves e tubérculos como a mandioca, o cará, e a batata - doce.
Certas carnes de animais são proibidas de serem ingeridas por acreditarem serem portadoras de espíritos.
Comer milho também é proibido na gravidez, a criança nascerá com tosse. A carne de jabuti impedirá a criança de crescer. A carne de macaco é proibida porque a criança poderá ter a voz irritante do macaco.
A carne dos pés de de porco faz com que a criança nasça em posição difícil para o parto. Carne de veado faz a mãe ficar louca.
A carne de tatu após o parto provoca tumores.
Se o pai matar uma onça na hora do parto a criança nascerá com a cara chata, se matar um tucano terá um nariz grande, se matar uma preguiça , a criança será preguiçosa,etc.
Não deve amarrar nada porque senão a criança ficará amarrada na hora de nascer e a prejudica na hora do parto. Todo mundo tem um pouco de índio. Os brancos de alma indígena.
Cobras e Teiú
Uma grande emissora de televisão do nosso país apresentou uma novela chamada cobras e lagartos, que fala de uma trama de dois grupos que brigam entre si. Achei os nomes familiares e comecei a perguntar aos índios, que são ótimos caçadores, sobre estes animais.Logo descobri que aqui chamam de teiú e que de vez em quando os animais brigam entre si.Um deles estava me contando, que certa vez, caçando no mato, ouviu um forte barulho, parou e viu entre as moitas uma cobra cascavel brigando com um teiú. E quando a cobra picava o lagarto com seu veneno terrível, ele corria e mordia a raiz ou caule de certas árvores da região, voltando de novo para a briga e assim se repetiu por muitas vezes. E com o poder de sua cauda, ele conseguiu deixar a cobra cansada e a venceu para depois comê-la.Fiquei pensando como nós podemos aprender com os índios, pois eles são verdadeiros professores da fauna e flora e tem muito para nos ensinar.
Miss. Carlos Alberto de Morais Barreto - Tribo Pankararé
Estações do Ano
As estações do ano karajá são determinadas pelas enchentes e vazantes do rio Araguaia, por isso são cinco estações durante o ano e são divididas em:1ª -Bebo bedeu rare: Início do inverno ou início da enchente, que vai mais ou menos de outubro a novembro.2ª - Beóra bedeu rare: Inverno ou enchente”, que vai de dezembro a abril; o rio sobe até as copas das árvores.3ª - Behetxi é um pequeno tempo, muito conhecido, que marca o fim das enchentes e o início da vazante. É a estiagem começando, tempo sem chuva. O rio fica estacionado, não enche nem vaza, e começa mais ou menos em meados de abril; a pesca se torna fácil e abundante.4ª - Wyra tymara bedeu rare: Início do verão, entre maio e junho, vazante do rio e início das praias. Nesta época as borboletas amarelas se ajuntam e saem em revoadas e algumas começam a atravessar o rio. Entre elas há sempre uma, de um amarelo mais forte, que certamente deve ser o macho.As gaivotas também se ajuntam em seus espaços para o acasalamento e desovas, começam a voar e soltam seus gritos sobre os ninhos que estão preparando.5ª - Wyra bedeu rare: Estiagem ou tempo sem chuva, verão de julho a setembro. As crianças atravessam o rio em canoas a procura dos ovos das gaivotas pelas praias do rio e as aves procuram defender seus ninhos, bicando a cabeça delas.Há nessas estações pequenas variações de tempo entre o baixo, médio e alto Araguaia.Termos regionais: - Inverno época das chuvas;
- Verão época sem chuvas.
Missionária Wanda Aren - Tribo Karajá
BRINCADEIRAS DE CRIANÇAS INDÍGENAS
UOL CRIANÇAS - Você já visitou alguma tribo? De quais etnias?
CLARICE COHN - Já fiz várias visitas às aldeias dos Xikrin, que vivem no Pará. Mas também visitei outros povos, como os Guarani e os Terena, no Mato Grosso do Sul, e os Wayana, no Pará.
UOL CRIANÇAS - O que lhe chamou atenção na rotina das crianças indígenas?
CLARICE - As crianças Xikrin são sempre muito agitadas, gostam de descobrir coisas novas o tempo todo. Elas andam pela aldeia e pelos seus arredores, vão ao rio (quando são grandes o suficiente par terem permissão) nadar e pescar, brincam com revólveres e arcos e flechas que fazem com madeira, ou bonecas que fazem com argila ou qualquer coisa que possa ser carregada em uma tipóia (que as mulheres usam para carregar os bebês). Gostam também de cantar e de comer. De vez em quando também é bom um aconchego, um colo de mãe, de avós, do pai. Também vão à escola, e adoram, quando podem, sentar e desenhar.
UOL CRIANÇAS - Do que elas costumam brincar?
CLARICE - Os pequenos xikrin brincam de muita coisa. As meninas adoram cuidar de seus "bebês", que fazem com argila da beira do rio, ou com tudo o que acham, soltando a imaginação. Os meninos gostam de brincar de caçar e guerrear, e fazem pequenas armas em madeira para isso. E gostam muito de nadar e brincar no rio.
UOL CRIANÇAS - Qual a relação delas com a natureza?
CLARICE - Os meninos Xikrin conhecem bem a natureza. Quando a gente anda de barco pelo rio, os meninos e as meninas ficam atentos ao redor, e gostam de apontar - gostam mesmo de serem os primeiros a ver! -os animais que passam, as frutas... mas eles também sabem que a natureza pode ser perigosa, e seus pais e avós estão sempre cuidando para que eles não se afastem demais, não se percam, ou não corram riscos no
rio
UOL CRIANÇAS - Pode citar um exemplo de algo que você viu?
CLARICE - Que tipo de obrigações elas têm na tribo? As crianças não têm exatamente obrigações - a não ser a de ir à escola. Mas elas podem ajudar muito. As meninas às vezes levam as roupas para lavar no rio, às vezes acompanham suas mães na roça.... os meninos pescam em pequenas canoas perto da aldeia, e adoram exibir os peixes que darão para suas mães quando voltam no entardecer.
"Antropologia da Criança"), já visitou várias tribos do Brasil.
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